Em nome dos parlamentares, a deputada Odete de Jesus valorizou o trabalho desenvolvido pelos conselheiros em seus municípios e criticou a omissão dos pais na educação dos filhos. “Os conselheiros desenvolvem suas atividades com muita precariedade, muitas vezes sem material, nem mesmo um carro para atender uma demanda, que é muito grande”, enfatizou.
O presidente da ACCT, Paulo Vendelino Kons, falou sobre os encaminhamentos finais para início da construção da Escola de Formação do Instituto Geração Criança (IGC). De acordo com ele, a instituição objetiva a formação e a capacitação dos agentes sociais operacionalizadores do ECA, para isto oferecerá curso de capacitação de 50 horas-aula para todo Conselheiro Tutelar de Santa Catarina.
Kons explicou que o município de Curitibanos doou um terreno para a construção da escola, enquanto o município de Brusque doou o projeto de engenharia, mas ainda faltam recursos para a construção do prédio. Cerca de R$ 200 mil já foram arrecadados com pequenas doações, muitas delas advindas dos próprios conselheiros. “Precisamos de mais e se é o nosso sonho vamos conseguir. Não temos um orçamento destinado para isto, mas temos o Fundo da Infância, que receberá os recursos. Se quiserem doar para este fundo podem doar diretamente para a Prefeitura de Curitibanos, que é a responsável pela construção”, explicou.
Pauta de reivindicação
No decorrer dos seminários foram realizadas três oficinas: “O cumprimento da Missão Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CDMA) e Fundo da Infância e da Adolescência (FIA), “Diretrizes Procedimentais dos Conselhos Tutelares” e “A Interação do Sistema de Garantias com a família na garantia da Proteção Integral”. As oficinas colheram as reivindicações dos conselheiros de todas as regiões do estado. São elas:
- criação da Secretaria Executiva dos conselhos de direitos nos municípios;
- organização de seminários de capacitação para contadores das empresas para conscientizá-los sobre a destinação do Imposto de Renda para o FIA;
- a formulação de anteprojeto de lei sobre o depósito do FIA;
- direitos sociais garantidos, com a criação de mobilizações pelo estado;
- infraestrutura adequada e digna;
- implantação e funcionamento do Sistema de Informação Para a Infância e Adolescência (Sipia), em todos os municípios;
- salário compatível com a função dos conselheiros tutelares;
- escolha dos conselheiros pela comunidade e não por indicação política;
- implementação do Sipia pelo governo do Estado
- solicitação da instalação da Defensoria Pública no estado;
- alteração das leis municipais para garantir todos os direitos trabalhistas dos conselheiros;
- capacitação dos agentes da rede de atendimento;
- apoio dos deputados estaduais ao projeto de lei que tramita na Casa, que prevê a criação de serviço social e psicológico nas escolas públicas. (Denise Arruda Bortolon/Divulgação Alesc)