É preciso um olhar mais ousado à educação dos brasileiros. Mais rapidez nas ações. Mais empenho dos governos! É área estratégica para o crescimento de longo prazo do país, afinal de contas! O aumento do analfabetismo, segundo números recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nos levam a essas reivindicações. O Brasil registrou neste ano 1,13 milhão de matrículas a menos no ensino básico do que o contabilizado em 2008, de acordo com dados preliminares do Censo Escolar. O número representa uma queda no período de 2,3% do total das matrículas nas redes pública e particular.
Além da queda de matrículas, os dados do censo mostram que o número de escolas registradas também caiu no período 2008-2009. De 199.761 estabelecimentos na Educação Básica em 2008, ficamos com 194.546. Deveríamos estar em 250 mil, pelo menos.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), aprovada em 1996, trouxe um grande avanço no sistema de educação de nosso país. A escola ganhou vida e mais significado para os estudantes. 13 anos depois, cabe a reflexão de que precisamos avanças mais. Dar o próximo salto com mais vigor.
Há tempos que defendemos a valorização dos professores como o salto que falta para acabarmos com todos os números negativos e melhorarmos os índices positivos. Carreira atraente e salários dignos vão provocar a próxima revolução educacional. Infraestrutura e apoio ao educador, turmas menores e qualificação profissional trarão à nossa nação cidadãos mais participativos. Todos juntos, transformaremos o Brasil na potência que queremos.
Em nosso Estado, a Assembleia Legislativa tem cumprido seu papel, dentro dos limites que lhe cabem. Nessa semana mesmo aprovamos a adequação de salários ao piso nacional do Magistério. Um pequeno passo. Gostaríamos de ter aprovado o dobro da proposta, entre outras medidas. Um sonho? Nem tanto! Uma necessidade urgente! Dinheiro existe. É questão de priorização.
Educação e Saúde são as bases pelas quais edificaremos uma sociedade próspera, justa e de oportunidades. Sem essas premissa, fica o discurso vazio e inoportuno. No Dia do Professor, gostaríamos mesmo é de estar comemorando os avanços conquistados. Lamentavelmente, não podemos e nem devemos nos contentar com “o copo meio cheio” na Educação. Nosso olhar é para o “copo meio vazio”. Ou seja: não dá pára nos contentarmos com pouco.
