Por cerca de quinze minutos, autoridades ficam trancadas em elevador
do São José, que apresentou defeito e ficou retido entre dois andares.
A diligência, conforme explicação dada pela vice-presidente da CS, deputada Odete de Jesus, teve como objetivo averiguar a infraestrutura, atendimento, UTIs, material cirúrgico, capacidade de leitos, o quadro de funcionários e os convênios de saúde. “Não estamos aqui para fazer denúncias, mas sim um levantamento das principais dificuldades enfrentadas pelas duas instituições. Nossa intenção é assegurar um atendimento rápido e de qualidade para a população”, explicou Odete.
Os deputados Darci de Matos (DEM) e Kennedy Nunes (PP) e alguns vereadores da região que participaram da visita confirmaram que a superlotação verificada principalmente no São José resulta da falta de leitos. Outros problemas de infraestrutura, como nos forros, paredes, pisos e até mesmo no elevador, despertam preocupação.
Um fato inusitado marcou a presença da comitiva no Hospital São José. Além de comprovarem a gravidade de cada uma das reclamações dos pacientes, se tornaram vítimas dos defeitos no elevador principal, no qual ficaram trancados por aproximadamente quinze minutos. “Foi um grande susto,” atestou a deputada Odete. “Ainda bem que não passou disso,” completou.
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Nos dois hospitais os parlamentares encontraram pacientes deitados em macas pelos corredores, a espera de um leito. Ouviram as reclamações e também as explicações dos diretores das instituições, que garantiram o andamento de obras de ampliação.
Após a visita, os membros da CS decidiram marcar uma reunião extraordinária da comissão para avaliar e discutir a realidade verificada nos hospitais. Um relatório apontando os principais problemas deve apontar as medidas necessárias e, caso seja oportuno, haverá pedido de orientação do Ministério Público.
Segundo o diretor do Hospital São José, Tomio Tomita, o ideal era ter leitos para atender a todos os doentes, mas a grande procura por atendimento obriga a manter alguns pacientes no corredor. “Com a licitação aprovada ontem (10), as obras do quarto andar ficarão prontas e, com isso, ganharemos novos leitos”, frisou.
A diretora do Hospital Hans Dieter Schmidt, Ana Maria Groff Jansen, ressaltou que o principal problema é o quadro de funcionários, que atualmente conta com 840 pessoas, entre médicos e enfermeiros, para atender os 247 leitos em diversas áreas. “Estarão chegando ainda este mês mais 37 técnicos em enfermagem que foram aprovados em concurso. Nosso atendimento é 100% SUS”, lembrou.
Na foto de Phelippe Silva/Câmara Joinville/Divulgação, o deputado Kennedy Nunes resgata a colega Odete de Jesus