Deputada Professora Odete de Jesus comenta sobre a campanha contra o bullying em SC

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (23), a deputada Professora Odete de Jesus comentou na tribuna do Plenário Osni Régis da Assembleia Legislativa sobre a campanha contra o bullying no Estado.

Na oportunidade, a parlamentar apresentou o último caso repercutido pela imprensa sobre o aluno humilhado pelo professor na cidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos.

A parlamentar iniciou seu pronunciamento comentando a respeito do lançamento da campanha contra o bullying ocorrido na Alesc no dia 1º de março. ''A campanha Bullying não é brincadeira, idealizada pelo Ministério Público de Santa Catarina e que, com certeza, tem a digital do deputado Joares Ponticelli e dos demais deputados, foi oficializada pelo Parlamento no dia 1º de março deste ano, diante de um plenário lotado de crianças com o lema: Seja amigo, respeite as diferenças. Somos todos diferentes, mas com direitos iguais'', comentou a deputada professora Odete de Jesus.

A campanha conta com o apoio da Assembleia Legislativa, do governo do estado, por meio das secretarias de Educação e de Segurança Pública. Para o Procurador-Geral de Justiça de então, Dr. Gercino Gerson Gomes Neto, o lançamento foi um momento muito significativo, porque essa é uma campanha importante, que deve ser copiada pelo Brasil inteiro.
Também estava presente o deputado autor e idealizador, Joares Ponticelli, que é presidente da Escola do Legislativo, que salientou que o caráter dessa campanha é apartidário e que ela deve envolver as instituições em torno de um objetivo: identificar, conscientizar e combater esse mal que está presente em nossas escolas.

Para a coordenadora-geral do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, promotora de Justiça Priscila Linhares, o objetivo da campanha é erradicar uma prática que gera tristeza, angústia e sofrimento, pois é preciso que a sociedade se envolva e assuma a sua responsabilidade para que tenhamos sucesso nesse objetivo.

Entre as autoridades presentes, também estavam os representantes das secretarias de estado da Educação e da Segurança Pública, a diretora da Escola Municipal Urbana Desdobrada Adotiva Liberato Valentim, que trouxe as crianças ao Plenário.

O Ministério Público desenvolveu material gráfico impresso em parceria com a Assembleia Legislativa e com a secretaria de estado da Comunicação. Dessa forma foram produzidos gibis, folders, cartazes e marcadores de páginas, que já estão sendo distribuídos nas escolas públicas e particulares do estado de Santa Catarina, para serem aplicados de forma multidisciplinar, no intuito de esclarecer crianças, adolescentes, pais, responsáveis, professores, diretores e a sociedade em geral sobre as características e consequência do fenômeno.

No lançamento foi feita a entrega simbólica do material da campanha para os alunos da rede pública municipal de ensino. A distribuição do material nas escolas públicas e particulares de Santa Catarina será realizada através de convênios com a secretaria de estado da Educação e com a secretaria municipal de Educação e com o Sindicato dos Estabelecimentos Privados de Ensino de Santa Catarina.

Por que a campanha contra o bulliyng?

O bulliyng é a perseguição sistemática de uma pessoa por outro indivíduo ou grupo de indivíduos. É aquela vingança, é aquele ódio, é aquela maldade, é aquela coisa diabólica praticada pelo indivíduo, trazendo conhecidas conseqüências em suas vítimas, como baixa autoestima, baixo rendimento, evasão escolar, estresse, ansiedade e agressividade. A situação pode ainda progredir para transtornos psicopedagógicos graves, como fobias, depressões, idéias suicidas e desejos intensos de vingança.

A campanha é proposta a partir da grande incidência de casos de bulliyng vivenciados em escolas e que repercute nas Promotorias de Justiça de Santa Catarina, pretende fomentar no público infanto-juvenil das escolas catarinenses o respeito às diferenças entre as pessoas, seja de pensamento, de valores, de cultura, de cor, de raça, de etnia, de nacionalidade, de religião, de orientação sexual etc.

''Cerca de 70% das crianças envolvidas com bulliyng já sofreram dentro de suas casas, foram vitimas dentro de casa, através de seus pais. E o resultado é que vai repetir essa atitude na escola, gerando uma corrente malvada. Quero dizer que essa maldade continua acontecendo contra mulheres, negros e pobres'', concluiu a parlamentar.