Voto biométrico em 2012


No RS, eleições municipais de outubro terão voto biométrico apenas em Canoas, como em 2010 Foto: Arivaldo Chaves / Agencia RBS


Eleições 201205/04/2012 | 07h11
Voto biométrico deve alcançar totalidade de eleitores apenas nas eleições de 2018
Para 2012, meta é cadastrar 10 milhões de pessoas, que, mesmo assim, são indicadas a levar o título de eleitor para suas respectivas seções

O eleitor vai até a seção onde está cadastrado, apresenta o título de eleitor, encosta um dos dedos em um sensor e é autorizado a votar. Desta forma tende a acontecer as eleições presidenciais e para governador de 2018 no Brasil. Para 2012, a meta é que pelo menos 10 milhões de pessoas votem a partir do sistema chamado de voto biométrico. No Rio Grande do Sul, assim como em 2010, apenas Canoas utilizará a tecnologia no pleito de outubro.
Até o momento, mais de 6.700.000 eleitores aguardam cadastramento em todo o país, informa o analista judiciário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, Luis Augusto Consularo.
— O cadastramento pode ser feito no cartório ou o município pode implementar centrais de cadastramento. Se não for feito o cadastramento, os eleitores de determinada cidade não podem votar, pois é preciso fazer isso no município inteiro. Só assim tem-se o controle de todos os eleitores. A biometria não é utilizada como instrumento de voto, mas sim para identificar o eleitor — diz Consularo. — A meta é chegar a 10 milhões de eleitores cadastrados em 2012, mas pode ser que este número seja tanto maior quanto menor. Hoje, há 6.785.717 atendimentos a serem efetuados — complementa.
São apenas 7,3% de um total de 136 milhões de eleitores — precisamente, 136.598.962, com dados computados até janeiro pelo TSE —, embora o número deva crescer gradativamente até atingir todas as cidades brasileiras. As cidades que já tiveram cadastramento e votação biométricas em 2010 seguirão com a técnica.
— Não é interessante abolir o título de eleitor porque se o contribuinte não tiver identificação plena, ele apresenta o documento e pode votar. A biometria é uma questão de segurança para o eleitor não votar mais de uma vez e não permitir que outra pessoa vote em seu lugar. Mas em 2% dos casos, há falhas — lembra, referindo-se a problemas em que o sensor não identifica as digitais.
Como funciona
O processo, segundo Consularo, é simples e seguro. Funciona tal qual a votação tradicional, com o eleitor mostrando o número do título no terminal do mesário. Depois, ele posiciona o dedo em cima de um sensor que funciona como um scanner: por meio de um prisma que capta a imagem do dedo, o dispositivo grava e identifica as digitais.
Na tela do aparelho, a biometria autoriza o eleitor a votar. Em caso de erro, ele tem novas chances com os polegares e indicadores. A identidade do eleitor é verificada por meio de um código-fonte instalado junto à fonte da urna. Conforme o especialista, o software é público e faz parte do sistema da urna eletrônica.
Fonte: Guilherme Becker/ guilherme.becker@zerohora.com.br / diario catarinense